1. |
Gangrena
01:49
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Voraz
Como vermes
Atroz
É a fome
De um homem
Sem voz
Sem paz
Tenho febre
Tenho chagas
Qual peste
Pele e osso
Tão seco e tão sujo
Sou a sombra
Da vergonha e do medo
Do meu e do seu inferno
Sou a pústula
Sou a mácula
A gangrena na avenida
A doença na sua alma
E o pus na sua cara
O sangue em suas mãos
O câncer em sua família
Perfeita
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2. |
Desconforto
01:05
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Rosas de carne sangram
Lágrimas das
Nuvens do poder
Chuva ácida
Medo de morrer
Ruas em chamas
Gritos
Os cascos perto de mim
Resistir é incomodar-se.
Lutar é renunciar ao conforto
É arriscar-se às dores, a cortes
A perder o fôlego
A trincheira é o berço da mudança
A esperança é a morte do futuro
Desconforte-se
A resistência é parte do poder
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3. |
Guǐ Yā Shēn
00:58
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O fantasma de um
Obeso mórbido
Sobre os corpos
A mortalha
Escuto
Sussurros
Da rua
De olhos fechados
Os povos
A escuridão e
A asfixia
Paralisa o sonho
Esse grito óbvio
Enforca
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4. |
Um Dia Limpo
00:50
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Sorriso no rosto
Vende notícias
De um dia ou outro
A pele fosca
Os passos fracos
Ossos moles
Meio coxo
Ausência na cara
E aquela sombra
Olho baço
Estilhaço da
Paisagem de
Um cemitério
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5. |
Meio Homem
01:32
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Grato por...
Não me toques...
Quem sabe um...
Fique longe e...
Desce a rua na...
Acompanhado só...
Do olhar dos...
Quem me dera se...
Ter um pouco de...
E contar mais com...
Ou esperar mais do...
E por tão pouco ter...
Pedindo ao tempo...
De tanto não...
Deixou de ser
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6. |
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Três reais de versos e
Algumas lágrimas
Não mudam o mundo
Estilhaçam
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7. |
Quinta Vez
01:34
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Essa era a quinta vez
Que era a última vez
Que era o abismo
Olhando de volta
Sua contradição
E a covardia
Lhe dava forças
Pra seguir
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8. |
Eu Sou O Império
01:10
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E sou
O centro do universo e
As curvas da fronteira
O que é bom, belo e
Verdadeiro
A voz da Lei
Dos ecos
Do tempo
Eu sou o império
O zênite
Do oposto
O epicentro
Do não
Eu sou o império
Aquilo que difere e
Que diverge e
Tensiona
O que erra
Bem menos que
Os seus erros e
Sempre justifica
Ignora, esquece, propaga
Eu sou o império
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9. |
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A utopia morreu
Devorada pela febre
Da história
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10. |
Monstro
01:09
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É endorfina
Adrenalina ou
Culpa
Em seu delírio teme
Quem canta a dor
Da carne
Da tortura
Do poeta
Do nervo
Que se contrai
De cada passo
E de vagar se ocupa
Como quem foge de si
Como quem quer
Mais uma dose
Como quem pede
Desculpa
Como quem
Não tem perdão
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11. |
Ninguém Chora
01:58
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Quem chora
A pele queimada
Os ossos à mostra
O fantasma
Quem chora
O hiato das horas
A nudez das verdades e
Gargantas cortadas
Quem vai chorar
A lama e o fogo e
A terra roubada
Quem
Não você
Não vai chorar
No carro
No trabalho
Na fila do mercado
Em pleno feriado
Numa tarde de sábado
Na mesa de jantar
Quando só restar
O silêncio
Sua tragédia
Sua falta de nós
Seu extrato bancário
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12. |
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E se apequena
Quando passa
Entre as pernas
E penas
De centenas
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Rabujos Recife, Brazil
Rabujos é uma banda de grindcore formada no Recife, Brasil, em 1994.
Rabujos is a grindcore band formed in Recife, Brazil, in 1994.
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